segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

[Da Internet]

Essa internet é uma coisa muito intrigante.

Desde que criei, há um ano, um perfil na badalada rede social onde não faço outra coisa a não ser eu mesma, as pessoas listadas como "Amigos" - parentes, colegas de trabalho, ex-professores, colegas da época da escola e da faculdade, ou seja, pessoas do meu mundo "real" - de vez em quando se surpreendem com o que escrevo. É óbvio que me espalho em linhas e entrelinhas por lá também. Tomo um certo cuidado para não CHOCAR mas, sim, sou eu mesma, no que escrevo e no que insinuo. Acho que não sabiam o tamanho do meu amor pelas palavras e qualquer coisa que eu publique vira um acontecimento. É um pouco da [P] que vai comigo para onde vou, mesmo que eu queira deixá-la aqui, quietinha, no seu canto.

Em contrapartida, desde que entrei no mundo dos blogs, tive vontade de conhecer muitas pessoas pessoalmente. Com uma dessas pessoas - dono de uma escrita poderosa que eu acompanhava em seus dois blogs - cheguei até a conversar pela internet. Há meses comecei a seguir uma página na badalada rede social e qual não foi minha surpresa ao constatar que o dono da página é o mesmo dono da tal escrita poderosa de tempos atrás. Sua página virou livro. Ele virou alguém de carne e osso. Eu saí da internet. Virei eu mesma e nos encontramos na sua noite de autógrafos.

[Essa internet é uma coisa muito, muito intrigante. Por mais que eu queira me desapegar, vai ter sempre algo me mostrando que, olha, [P], coisas maravilhosas podem até acontecer, a partir daqui...]

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

[A Buzina]

Quando eu estava prestes a entrar no carro, ele passou e buzinou. Não entendi nada. Quando parei no mesmo sinal em que ele já estava parado, ele buzinou. Olhei. Achei que, sei lá, eu pudesse ter esquecido minha porta aberta. A porta estava fechada e então comecei a entender. Novamente tivemos que parar em outro sinal, lado a lado. Ele buzinou. Entendi perfeitamente. Eu tinha que entrar numa rua, dei seta e ele, que estava na minha frente, foi para o lado e buzinou, fazendo sinal com a mão para que eu passasse. Parei no último sinal e ele ia seguir em frente. Seguiu mas, ao passar por mim, buzinou pela última vez. 

Podemos concluir, após tanto barulho de buzina que a) existe todo um código de flerte baseado no efeito sonoro da buzina dos carros; b) eu aprendo as coisas muito depressa; c) eu aprendo de tudo um pouco muito depressa e isso inclui entender significados de buzinas e d) como tenho que fazer aquele trajeto, àquela hora - e ele, pelo visto, também - quase todos os dias da semana, certamente virarei PhD em decifrar o que cada buzina quer dizer. 

[O que vou fazer com isso na minha vida é um grande mistério ainda não desvendado]

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

[...]






[Não preciso escrever mais nada. É muita bomba, é muito gás, é muita violência, é muita covardia. É isso]

terça-feira, 24 de setembro de 2013

[A Mais]

Essa minha vida de grevista já me rendeu uns empurrões, umas discussões, uma aparição na televisão - aposto que você não viu! - e DOIS QUILOS a mais.

Segundo minha professora de Pilates, os tais DOIS QUILOS correspondem a um ganho de massa muscular - que ela faz questão, inclusive, de mostrar onde está situada -, e não a gorduras localizadas [ou perdidas] no meu corpo.

[Só vendo para crer, irmãos!]

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

[Infernizar]

Estou lá, discordando do andamento das coisas, me posicionando enquanto o bando de colegas lesados permanece num silêncio constrangedor, explicando o porquê das minhas divergências e à espera de um puxão de orelha do meu chefe. Estou nessa há dias.

E o que recebo? Hein? Um e-mail do chefe, no qual ele diz que, de certa forma, mereço parabéns e que "infernizo" - assim, com aspas e tudo, como se eu não pudesse entender o sentido figurado - mas, mesmo assim, ele gosta do meu jeito.

[Não é por nada não, chefe, mas... eu também... eu também]

;)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

[Lembrete]

Só para lembrar:


Tá?

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

[Da Insistência]

Eu tinha que levar uns livros para o carro. O estacionamento fica a uma distância considerável do prédio onde trabalho - distância esta que parece muito maior quando se está carregando duas coleções de livros que precisam ser avaliados o mais rápido possível.

[Um beijo, editoras do meu Brasil que nos enviam exemplares enlouquecidamente, numa disputa que, evidentemente, seria mais facilmente resolvida se nos enviassem passagens para Paris como brinde linda de se ver]

Eu tinha levado um casaco, que havia ficado dentro do meu armário. No meio do caminho comecei a sentir frio e me encolhi como pude, de um jeito assim bem meigo - um jeito de quem está com frio e precisa andar com oito livros até o distante estacionamento do trabalho.

Ao me ver em apuros, ele apressou o passo na minha direção, tirou o casaco, colocou-o sobre meus ombros e pegou as coleções, levando o peso até o carro, para mim.

Poderia ter sido um colega de trabalho, mas era um menino com quem trabalhei em 2009, que agora está muito mais alto do que eu, ostenta uma barba, um outro tom de voz e que, no entanto, cultiva a mesma educação de outros tempos.

[Dá gosto de ver meninos virando HOMENS, de verdade. É por esses meninos - e meninas igualmente promissoras - que eu insisto. Deve haver uma luz no fim do túnel ainda...]

domingo, 28 de julho de 2013

[Descanso]


[Aleijadinho, frio, pão de queijo, descanso e saudade...]



terça-feira, 16 de julho de 2013

[Três]

Três anos.

E eu lembro das palavras ditas, do que não foi dito, do que estava óbvio, do que eu não estava percebendo, dos sons, do silêncio e do que virou inesquecível.

Para não entoar o mantra das lembranças infinitamente, estou me ocupando com Virginia Woolf e Candy Crush Saga. 

[Todo um esforço psicológico em prol das prioridades...]

quarta-feira, 10 de julho de 2013

[Descoberta]

Descobri o meu problema!

*pausa estratégica para a necessária preparação psicológica que antecede qualquer revelação bombástica*




















É o seguinte: segundo uma de minhas melhores amigas, o meu problema fundamental, o crucial, o que me faz ser do jeito que eu sou - seja lá o que isto signifique para ela - é que não tenho bunda.

Veja bem: às vezes eu não tenho dinheiro; nunca tenho controle sobre minhas crises intempestivas; juízo também não trabalhamos; freio na língua - e o do meu carro - eu nem sei do que se trata... de modo que não tenho um monte de coisas que, aparentemente, deveria ter pelo menos um pouquinho que fosse, MAS o meu problema maior é que não tenho bunda para mostrar, de acordo com a observação dela.

[Acabei de destruir toda e qualquer construção imaginária positiva sobre a minha pessoa, eu sei]

No meio de mais uma conversa da infinita série "por que não enxergam o meu valor?", Amiga vociferou sobre esta mania que eu tenho "de ser inteligente, de usar o cérebro e de ser exigente, quando o que conta mesmo é uma bunda de respeito". Terminou seu monólogo - eu fiquei quietinha, tentando tirar alguma lição sadia daqueles pensamentos - afirmando que meu problema é que desejo um milagre, quando o ideal seria usar mais a minha bunda. A frase de efeito apareceu na forma de uma enigmática provocação, quando ela soltou algo como "mas é uma merda mesmo; deus, às vezes, até dá nozes a quem tem dentes, mas tem preguiça de mastigar..."

[Profundo, hein? Eu achei super profundo, não consigo achar nada menos do que isso. Bem. Talvez profundo e totalmente sem sentido. Enfim]

Estou processando estas informações ainda. Com muita calma, a coisa é lenta mesmo. Não é fácil, para mim, fazer um exercício mental de causa e efeito que envolva bunda-mastigar-nozes-dentes-preguiça e não neurônios-conversas-inteligência-olhares-sorrisos.

[Alguma coisa me diz, porém, que venho fazendo tudo muito errado nos últimos tempos...]

segunda-feira, 8 de julho de 2013

[Meu. Deus. Do. Céu.]

"pequena carta para ser aberta em uma tarde do futuro"

"agora você pode ter certeza: não volta. o beijo não dado não tem mais sentido. o abraço guardado não tem mais motivo. o palavrão engolido não quer dizer mais nada. não volta, você cansou de ouvir, mas só agora pode ter certeza. a chuva nunca mais fez o mesmo desenho no vidro. o mar nunca mais a mesma pose para a fotografia. sua música preferida só tocou no momento certo naquele dia. o poema deixado para depois, hoje, não vale mais nada. há rimas que mofam. que perdem o significado. consegue entender? agora, acredita? não era autoajuda barata. previsão de cigana mentirosa. horóscopo de jornal vagabundo. conselho de velho morrendo. carta falsa de tarô. não volta. mesmo. e espero que na cópia desta mesma carta a ser aberta, novamente, daqui a dez anos, seja menor o arrependimento. estão lacrados os próximos envelopes. lambidos. selados. trancados, mas eu já aviso: dentro deles, o mesmo texto. não volta - tatue no braço. grude post-its. escreva com carvão pelas paredes. com as unhas compridas arranhando a terra: histórias de verdade não se rebobinam."

sexta-feira, 5 de julho de 2013

[Bondade]

Consigo lidar muito melhor agora com qualquer espécie de ser humano e suas atitudes inesperadas do que quando acreditava que uma pessoa poderia ser, de fato, boa. Abro mão da falsidade velada que oculta sabe-se lá qual intenção.

Prefiro a bondade nua, crua e direta dos instintos.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

[Visão]

Meu cabelo esparramado sobre uma pasta de trabalho e o contraste da cor dos meus fios deitados na sobriedade do preto foi a visão mais bonita que tive nos últimos meses.

sábado, 22 de junho de 2013

[Offline]

[P] saiu do blog e foi para as ruas.

;)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

[Cruzado]

Há mais ou menos dois meses voltei para o pilates, para a esteira e para a dança do ventre.

Agora tenho uma aula experimental de boxe agendada.

A ideia é seduzir e, dependendo do nível de filhadaputice, acertar um cruzado - durante o processo de sedução - no próximo indivíduo.

[Eu considero super adequado. Não sei como não pensei em algo tão genial assim antes!]

domingo, 19 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

[Carapuça]

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bem feito idiota
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Oi?

Isso foi comigo? Foi para mim? Porque, olha, a carapuça caiu como uma linda peça de roupa na minha pessoa e estou até usando a própria agora, neste exato momento.

Bem feito, [P].

Bem feito, idiota.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

[A Wrong Man]

A pessoa se intitula better man.

Sério.

O homem - homem? moleque define melhor, hein? - em questão foi o pior que já conheci nesta minha vida.

Better man.

[Se eu fosse Eddie Vedder, dava umas porradas na cara desse sujeito, na boa]

terça-feira, 7 de maio de 2013

[Também Te Adoro]

Três dias depois de ter sido chamada de chata:


Minha vontade no momento é olhar bem nos olhos da pessoa que me escreveu isso - esta pessoa que, provavelmente, não me acha uma chata e que é, de fato, um ser humano incrivelmente adorável - e dizer "vem cá, preciso de um abracinho", porque, olha, não está fácil...

domingo, 5 de maio de 2013

[Catástrofe]

Sabe quando uma catástrofe está prestes a acontecer e você está tão perturbada, cega e louca que a única coisa que faz é seguir na direção dela?

Felizmente existem uns paredões meio intransponíveis que interrompem o percurso.

["Meio" porque, se eu quisesse, tentaria ~de novo~ chegar até uma catástrofe anunciada. Só que, né?, estou de vestido e, pensa só, pegaria muito mal tentar escalar o paredão da vez...]

quinta-feira, 2 de maio de 2013

["Ali"]

Não queria dizer nada não, mas estou aprendendo a ouvir um monte de músicas que não estava acostumada a ouvir antes.

Eu não queria dizer nada não, mas já sou capaz de identificar, nos primeiros acordes, as preferidas da sua banda mais do que preferida.

Não queria dizer nada não, mas rola toda uma transmissão de pensamento quando decido pôr algo no repeat e me chegam ecos da mesma canção, do outro lado da tela - ecos no repeat, que é para a coisa ficar mais esquisita ainda.

Eu não queria dizer nada não, mas a pessoa envia um link e diz "é a sua música".


[Como eu falei, não quero dizer nada, não. É muito mais seguro...]

domingo, 28 de abril de 2013

[Canadá]

Canadá, Universo?

Canadá?

Podia ser mais distante, hein? Já que era para me afastar...

Tem noção de como passei os quatro dias seguintes à notícia de que, opa, o Canadá virou uma opção? Desde quando eu poderia me mudar, de uma hora para outra, para o Canadá, Universo? Reparou no tamanho da briga? Por acaso prestou atenção no silêncio atordoante que se seguiu? 

E para que, Universo?

Para depois a pessoa escrever um "e se eu disser que não vou mais?" enquanto me olha fixamente, aguardando minha reação? 

[Francamente, Universo. Pega mais leve. E para de palhaçada]

terça-feira, 23 de abril de 2013

[ A Aleatória]

Daí você percebe que uma mulher totalmente aleatória acabou de ser adicionada, vai correndo no perfil da vaca dita cuja, tenta entender por que caralhos um adicionou o outro, se não há nada em comum, nem sequer o hemisfério, avalia o horário na vã tentativa de descobrir quem adicionou quem, corre para o Google Maps para calcular a distância que separa os dois, percebe que um dia esta vabagunda pessoa de pose duvidosa estará mais perto dele do que você mesma, pensa que precisa fazer alguma coisa imediatamente, mas então se dá conta de que o melhor a fazer é xingar a galinha aos quatro ventos para manter o equilíbrio que lhe resta é desligar o computador e ir assistir Bayern x Barcelona, antes que exploda de tanta tensão. Tudo isso para perceber, quando acessar a internet novamente, que a cadela aleatória desapareceu da lista de amigos assim, do mesmo jeito que entrou, como se você tivesse rogado uma praga num passe de mágica.

[Se a badalada rede social tem outra função além de me enlouquecer, eu desconheço...]

terça-feira, 16 de abril de 2013

[Só Que Não]

Como descobrir que, sem querer, você encontrou uma intrigante espécie da raça masculina - espécie diferente de todas as que já conheceu na vida:

1) Desafie. Isso mesmo, desafie. A lei da gravidade, a sociedade hipócrita, as calorias consumidas e os rivais no joguinho musical que consome seus poucos minutos vagos nesse 2013 já turbulento. Desafie, mesmo que - na verdade, principalmente - seja um desafio às cegas. Pouco importa se as criaturas são meio esverdeadas, possuem anteninhas e curtem axé; afinal, você está ali para competir.

2) Tão logo a foto da intrigante espécie da raça masculina apareça, exclame um "meu deus, como você é lindo" em alto e bom som, para que fique claro - em negrito, sublinhado e CAPS LOCK - que trata-se de uma c.i.l.a.d.a.

3) Sendo uma cilada, não bastará ser lindo, mas também destemido o bastante a ponto de puxar conversa. Atenção, muita atenção: a simpatia gritante desta espécie deve ser parte do plano para que você comece a se desconcentrar no jogo.

4) Não perca, amiga. Não perca o juízo antes da hora e nem as partidas. Assuma a liderança com uma confortável distância no placar e, se possível, faça com que ele erre uma música da sua banda preferida - o que deixará mais do que claro que você não está ali para brincadeira e o fará escrever "impressionante".

5) Concorde. Impressionante, realmente. Tudo muito impressionante. No entanto, concorde sem expressar sua concordância, é claro. Apenas saia dizendo "impressionante" na frente do espelho, ao volante e no meio dos seus dias tumultuados.

6) Passada essa primeira etapa, é evidente que vocês vão se tornar ~amigos~ na rede social. Ao descobrir que a intrigante espécie da raça masculina trabalha utilizando o computador e, por isso, será uma companhia constante naqueles tais poucos minutos que você tem de sobra nesse 2013 turbulento, acenda a luz vermelha e redobre os cuidados.

7) Seja você mesma. O que significa: não seja sociável, não solte elogios rasgados e não economize nos palavrões. Com o passar dos dias, você perceberá uma certa mudança no comportamento da intrigante espécie masculina e, sendo você mesma - o que também significa ser direta quando necessário -, questionará se está tudo certo, se a criatura não comeu nada estragado e se tem noção do que está falando. Assim, sempre muito meiga.

8) Para sua surpresa, ouvirá o seguinte: "não sou o tipo de pessoa que se interessa por alguém através da internet" e ainda será solicitada para que sirva de conselheira sentimental porque, né?, a espécie masculina vai achar de bom tom pedir dicas de como se aproximar de outra mulher. Anote tudo isso, amiga. Com a observação: só que não.

9) Esconda. Seu desapontamento, sua irritação e sua vontade de xingar a intrigante espécie da raça masculina até sua nona geração. Esconda tudo nas suas entrelinhas e esteja sempre simpática, divertida e leve. Quando notar que já estão na fase dos ~amigos~ que se preocupam um com o outro, que estão sempre dispostos a ouvir, criticar e ajudar, aproveite para contar a esta intrigante espécie masculina sobre a mudança no comportamento de um dos seus colegas de trabalho. Não esconda nada; afinal, ~amigos~, lembra? Fale das suas desconfianças e desabafe tudinho, sem esquecer de mencionar que gostaria da opinião de alguém da mesma espécie. Você ouvirá a opinião de alguém que não esteve nem aí para você nos últimos dias. Só que não.

10) Aconchegue-se na sua cadeira e acompanhe um inacreditável surto virtual de uma espécie que, de tão intrigante, gostaria que você tivesse adivinhado que, opa, digo que não me interesso através da internet (só que não); digo que não há a menor possibilidade de haver algo entre nós (só que não); te peço opinião sobre como chamar a atenção de outra mulher porque quero ficar com ela (só que não); sempre falei que não havia segundas intenções nas minhas intenções com relação a você (só que não). Não esqueça de fechar sua boca devidamente embasbacada quando for acusada de se fazer de desentendida porque, desde o começo, você sabia que era interessante aos intrigantes olhos da surtada espécie da raça masculina.

[Até aí, né, meu bem? Você não seria o primeiro a me achar interessante após algumas frases trocadas através da internet. Agora, querer que eu entenda tudo o que vem me dizendo ao contrário, é demais para a minha cabecinha. Assim eu entro em colapso. Eu, que já sou tão equilibrada... só que não]

terça-feira, 9 de abril de 2013

[O Berço]

Ontem eu pensei em desistir. Das outras vezes, pensava numa desistência que nunca era, de fato, real. Eram apenas reclamações de uma pessoa cansada. Da correria. Da gritaria. Da má vontade. Dos excessos. Excesso de cansaço, correria, gritaria e má vontade. Ontem, porém, pensei verdadeiramente em desistir, pela primeira vez em todos esses anos.

Não pensei em desistir porque um adolescente maior do que eu se recusava a dizer a verdade. Não pensei em desistir porque havia ficado claro, diante de toda a situação que criou, que ele não gosta de mim. Não pensei em desistir porque ele fez com que uma mãe toda trabalhada no destempero, na falta de educação e no excesso de gritos, de ofensas e de atitudes preconceituosas aparecesse para, supostamente, conversar comigo. Não pensei em desistir porque vi que ela não sabia o que significa conversar.

Pensei em desistir por causa do berço. Porque o adolescente que não honrou com a palavra dada anteriormente e que criou uma situação constrangedora para todos os presentes é, sobretudo, uma vítima do seu berço. O que ele recebeu, o que ele recebe, o que ele repassa, quem ele aprendeu a ser e como ele é, tudo veio do berço. Pensei em desistir ao me dar conta de que há mais berços problemáticos por aí do que minha capacidade de raciocínio é capaz de supor. Pensei em desistir porque, pela primeira vez, me senti discriminada, quase a ponto de me desculpar por ser branca e ter cabelo liso. Quase a ponto de sugerir que, sim, precisávamos todos ir até a delegacia mais próxima mesmo, porque quem não aguentava mais aquilo tudo era eu.

E eu chorei. Não na hora do embate - afinal, anos de sessões me ensinaram a manter o equilíbrio diante da inimiga -, mas antes e depois. Chorei muito, chorei tanto, chorei convulsivamente como jamais havia acontecido, em todos esses anos. Enquanto chorava, pensava "eu desisto".

Sabe por que não desisti? Porque havia se formado um paredão humano de colegas, uns trazendo água com açúcar, outros falando coisas para que me acalmasse e, por fim, outros estando comigo, temendo que eu pudesse ser agredida pela personificação do absurdo em forma de mulher. E, se não vou desistir, é porque me senti acolhida, me senti querida e senti que a justiça estava sendo feita. Não posso desistir enquanto houver seres humanos dispostos a comprar a minha briga - que, no fim das contas, é uma briga de todos nós.

[Uma briga contra os berços mal acabados e repletos de conceitos deturpados que, infelizmente, um adolescente ainda não tem forças para jogar fora, pela janela da sua prisão...]

quinta-feira, 4 de abril de 2013

[S]

Eu sabia.

Alguma coisa me dizia que não demoraria muito para que o óbvio se manifestasse.

Delicadeza com "s" não rola, meu querido.

Certamente existem muitas mulheres que não se importam com um "s" inconveniente, mas eu me importo.

[Pegue o seu "s" e volte para a pista de dança. Correndo]

terça-feira, 2 de abril de 2013

[Oração]

Vamos brincar de supor?

O que esperar - supostamente - de qualquer coisa que comece com uma troca de rede social numa festa de quinze anos enquanto a pessoa - supostamente, eu - está na pista de dança ao som de a noite chega, ela só quer dançar?

[É, isso mesmo. Sim, o som era esse. E eu sei. Eu sei, tá?]

Oremos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

[A Gestão]

- A sua gestão neste cargo que ocupa desde o ano passado está tão foda que já andei ouvindo, pelos corredores, que pretendem te chamar para montar uma chapa para a Direção, na próxima eleição - Amiga foi correndo me contar, no meio do expediente.

OLHA.

Quero dizer que já estou ensaiando o meu discurso; afinal, VAI QUE, né?

Primeiramente, vou agradecer por terem lembrado do meu lindo nome. Em seguida, falarei que estou satisfeita com a foda que cabe a mim - e só a mim - dar conta, desde o ano passado. Prosseguirei explicando que, desta maneira, dispenso  toda e qualquer outra foda que porventura apareça no meu caminho. Por fim, não vai me custar nada lembrar que seria muita foda para uma mulher pura, inocente e vulnerável, como eu, lidar.

[Era só o que me faltava...]

segunda-feira, 18 de março de 2013

["41.xx.xxx"]

"41.xx.xxx".

É assim que vou te chamar: "Pessoa 41.xx.xxx".

Não sei como você consegue passar mais tempo no meu blog do que eu mesma, "Pessoa 41.xx.xxx". Sim, eu sei que você, do outro lado do Atlântico, é um ser humano vencedor, já que passear pelas minhas descompensadas linhas por tanto tempo não é para qualquer um.

[Para você, todo o meu amor, "Pessoa 41.xx.xxx"]

quinta-feira, 14 de março de 2013

[A [P]oderosa]

Ontem foi a vez das meninas. Elas resolveram fazer um rodízio, para que não houvesse atropelamentos e nem repetições de elogios. 

O tema escolhido foi "o possante da [P]". Disseram que tinham me visto chegar no estacionamento e que o meu carro é lindo. Também disseram que é a minha cara - mesmo que eu seja toda meiguinha [!] e tenha cara de santinha [!]. Por fim, fizeram questão de salientar que, ainda assim, meu carro, além de ser o mais bonito de todos, é perfeito para mim, pois me deixa muito poderosa [!] dentro dele.

[Terapia para que, quando se tem quarentas cabeças disputando para ver quem consegue inflar mais o meu ego, não é verdade?]

segunda-feira, 11 de março de 2013

[Novinha]

Meu dia começou bem até que, à tarde, tudo foi por água abaixo e o dia que havia começado bem transformou-se num martírio recheado de gritos, indisciplina e cansaço - o meu cansaço, principalmente mental.

Minha garrafa de água ficou vazia e eu tive que esperar por um intervalo para matar minha sede. Você sabe, eles poderiam iniciar a Terceira Guerra Mundial se ficassem sozinhos, do jeito que estavam - num dia que havia começado bem.

Minha voz foi sumindo aos poucos e não havia tática que funcionasse, a não ser a boa e velha retirada de sala, o bom e velho triplicar de atividades e, ainda, aquele sermão gostoso que só eu sei dar. Sim, eu dei três sermões gostosos hoje - no meu dia que havia começado bem.

Exausta, quase no fim do expediente, num estado que devia estar me deixando parecida com uma sobrevivente de uma catástrofe qualquer, um menino diz que sou novinha e que devo ter, no máximo, vinte e cinco anos.

[E assim, às 17h 28min, o meu dia - que estava uma merda - voltou a ficar bem, senhoras e senhores]

quarta-feira, 6 de março de 2013

[Sou Dessas]

Sou o tipo de mulher que usa a palavra "acirrada" propositalmente, só para testar o funcionamento do cérebro alheio. O tipo de mulher que fica felizinha quando vê que compreenderam o significado da palavra. E o tipo de mulher que pensa imediatamente numa perversão quando utilizam o verbo "abrir" - ainda que não esteja, de jeito nenhum, relacionado a um abrir de pernas.

Sou dessas.

domingo, 3 de março de 2013

["Just The Memory Of Your Face"]

Para quando você vier aqui no blog outra vez:

"You're the only one who really knew me at all"

 [Porque eu posso escolher não contar e, ainda assim, te contar algumas coisas, no meio das minhas entrelinhas]

sábado, 2 de março de 2013

[Confidente]

Além daquilo que aprendi com o livro - não nomear, para que a coisa não morra -, minha experiência recente me fez acrescentar o "não contar", para que a coisa não desande.

Então, agora sou uma pessoa com algumas coisas para contar e que, no entanto, não vai abrir a boca e nem esparramar os dedos. Vou testar minha versão zen, paciente e equilibrada. Ela está aqui, dentro de mim, em algum canto, tá?

[Bom, eu comprei um daqueles potes sensacionais de sorvete - do meu favorito, duvido que se lembre qual é o  sabor - e talvez, para ele, eu conte. Só para ele]

sábado, 23 de fevereiro de 2013

[Matei]


Só agora entendi o porquê de ter passado, há três meses, por um almoço no restaurante charmoso do Centro da cidade, por um entrelaçar de mãos na avenida movimentada, por tantas mensagens e tantos telefonemas, pelas poucas horas de sono, por toda aquela insistência, pelas risadas, pela sensação de aconchego no pescoço perfumado, por um estraçalhar de expectativas e por um temporal que me deixou parada no meio da Ponte.

Não havia como entender antes, mas hoje eu sei o porquê de tudo aquilo.

Prestou atenção, Murphy? Perdeu a graça.

Estou ligada. Estou esperta. Estou tão atenta que percebi - em três semanas - que precisei partir meu coração antes para que, hoje, não me deixasse despedaçar por qualquer coisa, pelo que não valeria a pena.

Sou muito boa, quando ensino. Sou excelente, quando tenho que aprender.

[Um beijo, Murphy, seu cretino]

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

[Cor De Mar]

Ele me desafiou naquele joguinho viciante da badalada rede social - aquele que testa nossos conhecimentos musicais - há pouco mais de um mês. 

Lá estava eu - ABSOLUTAMENTE NA MINHA, ENTENDEU, MURPHY? -, cumprindo meu papel de rival que disputava ferrenhamente cada partida quando, de repente, a ~mágica~ do chat se fez presente na forma de um "Tá bonita essa disputa!", que evoluiu para outras mensagens e outras e outras e mais outras - todas, porém, envolvendo nosso gosto musical, nossas revanches, minhas vitórias repentinas em Metal e as dele em Ana Carolina.

Pois bem, pois bem.

Continuava eu lá, quietinha - REGISTROU ESTA INFORMAÇÃO, MURPHY? -, até que a minha teoria da geração espontânea de convites aleatórios tomou forma e pipocaram pedidos de telefone, uma saída para um chopinho e link para minha página na badalada rede social, terminando com a inconsequente afirmação de que "o interesse em saber de você não é novo...".

Esperava que eu me escondesse na casinha e ignorasse e me fingisse de anta paralítica - o que, aliás, ERA O QUE EU HAVIA DECIDIDO FAZER NA MINHA VIDA, NÉ, MURPHY? Esperava que eu colocasse um ponto final antes que virássemos ~amigos~ e nos esbarrássemos no chat fôssemos um começo de qualquer coisa que - já sabemos de antemão - NÃO PODE SER? Eu também, Murphy. Eu também.

Precisava, né, Murphy? Precisava MESMO de um par de olhos cor de mar, correto? É para que, exatamente? Se for para evitar que eu raciocine direito enquanto digitam apressadamente, esperam minhas ironias e me chamam de deliciosamente complexa, olha, tenho que admitir, EXCELENTE TRABALHO, MURPHY.

Cara.

Deliciosamente complexa.

[Não preciso consultar nenhum oráculo para saber o que vem pela frente. Valeu, hein? MAL POSSO ESPERAR, MURPHY]

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

[Anestesia]

Do tamanho da metade da sua.

Estou anestesiada - ela pensou. Era isso, estava anestesiada. Procurava, em vão, delimitar o curto espaço de tempo em que sentiu sua pele ser tocada pela agulha fina das palavras soltas que, de tão soltas, se perderam no meio das suas pernas, causando aqueles espamos incontroláveis que só a leveza das palavras soltas poderia causar. Daqui a pouco isso passa - ela acreditou. Era isso, algo passageiro. Tentava, ainda em vão, dar nome ao que acontecia naqueles dias nublados. É do tipo que gosta de nomear sensações, ainda que daqui a pouco passem e não sejam mais do que farelos perdidos no seu vestido de sentimentos, já tão remendado, já tão cheio de buracos. Não quero estar aqui quando o efeito da anestesia passar - ela, por fim, decidiu. Era isso, precisava correr. Buscava, de novo em vão, mover suas mãos, mover suas pernas e controlar suas contrações e a penugem da sua pele, aquelas coisas que denunciavam que, embora não pudesse se mover, ainda conseguia sentir. Atrasava seu relógio porque achava que atrasando suas horas estariam em descompasso e, assim, se perderiam para sempre nas linhas tortas do tempo, no meio das palavras que nem chegaram a ser ditas naqueles dias nublados. Estou condenada - ela concluiu. Talvez não devesse fugir, era isso. E não tinha chegado àquela conclusão pelas fisgadas que a agulha fina das palavras soltas continuavam a lhe provocar, nem pensou assim porque tinha medo de ser passageira quando, no fundo, queria cravar as unhas nas costas desenhadas, espalhando suas digitais e o seu perfume e os seus sussurros por toda a eternidade cabível no curto espaço entre os dois corpos suados, nem tampouco percebeu que estava condenada por não conseguir se desvencilhar da imobilidade que um simples par de olhos, tendo todos os relógios do mundo como cúmplices, lhe impunha. Condenou-se quando, teimosamente, se dispôs a ler o que haviam escrito. Seus olhos passearam pelas palavras que diziam que, se sua saudade fosse do tamanho da metade da que sentiam, era porque tinham que se ver. Do tamanho da metade da sua - ela respondeu. É isso, pensou. São, juntos, de um tamanho que se encaixa perfeitamente no vão do precipício no qual estão prestes a pular, ele na frente, segurando-a pela mão e dizendo as coisas no plural, para evitar que ela se condene mais ainda, falando sinuosamente o que ele pode muito bem dizer em linhas retas. Do tamanho da metade da dele. E ela nem sabia que, sendo uma metade, sentiria aquilo tudo, por inteiro. Deve ser assim, quando se está anestesiada.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

[Dilema]

Até minha vizinha de dez anos de idade agora está "em um relacionamento sério" e eu fico aqui, avaliando se devo ou não devo, se quero ou não quero, se falou ou não falo, se sigo ou estaciono.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

[Crisóstomo & Isaura]

De como eu me encantei por Crisóstomo:

"Um homem chegou aos quarenta anos e assumiu a tristeza de não ter um filho. Chamava-se Crisóstomo.
Estava sozinho, os seus amores haviam falhado e sentia que tudo lhe faltava pela metade, como se tivesse apenas metade dos olhos, metade do peito e metade das pernas, metade da casa e dos talheres, metade dos dias, metade das palavras para se explicar às pessoas.
Via-se metade ao espelho e achava tudo demasiado breve, precipitado, como se as coisas lhe fugissem, a esconderem-se para evitar a sua companhia. Via-se metade ao espelho porque se via sem mais ninguém, carregado de ausências e de silêncios como os precipícios ou os poços fundos. Para dentro do homem era um sem fim, e pouco ou nada do que continha lhe servia de felicidade. Para dentro do homem o homem caía."

De como eu me perturbei com Isaura:

"A Isaura não sabia ainda que era para que sofresse que lhe calhara ser mulher. Talvez, com sorte, pudesse ser um pouco feliz antes de morrer. Mas apenas um pouco e com muita sorte. [...]
O amor fazia com que um e outro ficassem diferentes. Não conseguia entender tal coisa.
Pensou que o rapaz tinha ido embora diferente dela. Não podia ser que o amor tornasse as pessoas diferentes assim, a menos que não fosse amor nenhum."

E de como eu caí de amores por Valter Hugo Mãe:

"O Crisóstomo foi pedir a Isaura em casamento na areia. Sentaram-se. O Crisóstomo levara uma ceira com toalha e lanche. Ela disse: sou um bocado maluca, fiquei muito tempo sozinha e talvez tenha cometido erros e estragado coisas na minha alma. E ele dizia: pois eu também sou um bocado maluco, e fiquei muito tempo sozinho, talvez tenha cometido erros e estragado tantas coisas na minha alma. Se casarmos para nos estragarmos um ao outro, talvez alguma coisa se componha. Sinto que é mais fácil ser maluco quando estou contigo. É melhor."

[O Filho de Mil Homens - Valter Hugo Mãe]

Nunca chorei tanto lendo um livro.
Nunca fique com tantos nós na garganta.
Nunca havia lido nada parecido, tão forte na sua delicadeza.

Estou completamente apaixonada, gente.

domingo, 27 de janeiro de 2013

[Social]

Criei uma antipatia tão grande por aqueles que precisam trabalhar vestidos socialmente, que você pode ser o homem mais inteligente, charmoso, sexy, cheiroso e com o sotaque mais lindo que existe e, mesmo assim, só o que vou conseguir enxergar é um vulto de costas, caminhando com as mãos nos bolsos e me deixando na calçada, mesmo sabendo que começarei a chorar tão logo atravesse a rua, fora da faixa de pedestres.

Resumidamente, é isso que um homem vestido socialmente - porque precisa ser assim, no seu trabalho - causa na minha pessoa.

[Mais alguns anos de sessões num copo com gelo, por favor]

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

[As Paradas]

Minha primeira parada foi em São Paulo - mais por desencargo de consciência e uma necessidade extrema de descansar do que por qualquer outro motivo. São Paulo, por que as pessoas andam sempre tão apressadas? Por que tanta correria nos metrôs? Para que tantos carros na Paulista em pleno domingo? Você não relaxa nem por um instante, São Paulo? Como é não ter para onde correr? Por que tão cinza, São Paulo?


Depois, me deparei com Irmã Jaqueline, já em Joinville. A ideia era passar direto por Irmã Jaqueline mas, né?, uma Régis Bittencourt problemática, um caminhão atravessado na pista e muito engarrafamento depois, era inviável ignorar Joinville, Irmã Jaqueline e seu amplo currículo.


Os últimos destinos. As cores de Florianópolis: preste atenção no colorido e na leveza, São Paulo.


Conheci ilhas, andei num barco pirata, paramos em alto mar para mergulhar - ô, beleza, curto ~muito~ ficar parada no meio do nada, só porque tem sempre uma galera que adora saltar na água cristalina - e bati altos papos com o Capitão. 


O Capitão. Aquele, com quem bati altos papos. O Gancho. Basicamente, terminei me jogando aos seus pés.












Como não me faria mal nenhum adicionar mais algumas quilometragens no meu mapa de viagens terrestres, estiquei a estadia só para conhecer um pedaço do Paraíso chamado "Guarda do Embaú". Se não conhece, anote no caderninho da sua vida com o título "viagem que vale a pena ser feita ainda nesta encarnação", colega. A praia é qualquer coisa de fantástica e chega-se até ela atravessando o Rio da Madre - a pé, porque adoro uma aventura, no fim das contas.


Por fim, Garopaba, minha última parada. Vasculhei a cidade tentando identificar os lugares que havia lido. Daniel Galera me levou a Garopaba e me fez conhecer a Praia do Rosa, Silveira, Ferrugem, me fez procurar qual seria a casa de frente para o mar e onde estaria o esconderijo do Gaudério. Um beijo para o Galera. Conhecer Garopaba foi foda.


[São Paulo-Joinville- Florianópolis-
Guarda do Embaú & Garopaba/Janeiro de 2013]

domingo, 6 de janeiro de 2013

[Parada]

[Minha vida é andar por esse país preparando roteiros kamikazes, negociando diárias de hotéis, arrumando e desarrumando malas, brigando com a voz do GPS, fotografando placas como se não houvesse amanhã, abusando de cloro, sal, sol e aproveitando minhas férias, deixando as indecisões da vida moderna para serem resolvidas quando voltar]

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

[Página Dois]

Jogar limpo até a página dois - aquela onde se pode perceber, nas entrelinhas, sua real intenção escondida no discurso arrumadinho de bom rapaz, porém, confuso - não é o que eu chamaria exatamente de atitude de homem que honra o pau que carrega no meio das pernas, gato.

"Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais"