terça-feira, 28 de junho de 2011

["Monte Castelo"]

A pessoa seleciona o filme, vai explicando até mesmo o que é inexplicável - de tão óbvio - e tira as dúvidas de todas as espécies que vão surgindo enquanto a história se desenrola. Depois a pessoa elabora uma atividade e, dentre outras coisas, faz a seguinte pergunta:


E aí então a pessoa ganha, sem sequer ter pedido, a resposta para uma de suas dúvidas cruciais: por que, afinal de contas, ninguém me entende, nem neste mundo e nem em outras dimensões? Simples, muito simples: geralmente, me comunico em português. É a língua, colega:


[Já decidi abrir mão da bolsa que paquerei numa vitrine outro dia para comprar um dicionário de latim porque, né?, acho que pode ajudar isso conhecer a língua dos anjos, mesmo sabendo que sem amor eu nada seria...]

quarta-feira, 15 de junho de 2011

[Quadrilha]

Todo ano acontece uma festa junina no trabalho. Geralmente há a escolha de uma comissão de hormônios organizadora, que ficará encarregada de preparar o evento, com a supervisão de um adulto, de preferência responsável.

Como a ideia é que se promova aquela integração gostosa entre t.o.d.o.s, acabam participando da festa, inclusive, aqueles seres que não gostam de interagir com seu semelhante. Eu, no caso.

Já fui a noiva em algumas ocasiões. Este ano, porém, ganhei um novo papel: serei a amante do noivo [!].

[Como, né? Como isso aconteceu? Eu devia ter dito sim quando me chamaram para supervisionar o evento. Deixaram algum irresponsável desmiolado ocupar o posto de supervisor e deu nisso]

Perguntei se realmente existe a tal amante do noivo na história e a resposta surgiu muito simples. Explicaram que festa junina = quadrilha = algo proibido = furto de marido = eu.

De acordo com o roteiro, chegará um momento em que roubarei todas as atenções, ao aparecer no meio do casamento usando botas, máscara [quadrilha = criminosa = disfarce = eu] e uma roupa caipira com um quê de periguete. Não precisarei de muitos argumentos além de uma dancinha sensual que, evidentemente, fará com que o noivo abandone a noiva grávida no altar. Basicamente, me prestarei a fazer isso.

Papel difícil, hein? Talvez eu precise de um laboratório e, no camarim, de algumas barras de chocolate e de um tapete vermelho estendido por onde meus pés passarão.    

[Em minha defesa quero dizer que venho praticando esse negócio de ser a mocinha na vida real e, né?, não tem dado muito certo]

segunda-feira, 6 de junho de 2011

[Spam]

Bloquear esta pessoa e relatar como spam.

Assim. 

Bloquear, ok. Bloquear é possível. Bloquear eu posso, claro. 

Relatar como spam, porém, não rola. Que tal relatar como uma pessoa mentirosa? Do tipo que promete algo e não cumpre? Quem sabe relatar como uma pessoa infantil? Daquelas que fazem de tudo para tirar o outro do sério, pelo simples prazer de ver alguém descompensado por sua causa? Eu poderia relatar, também, como uma pessoa cínica, sabe? Daquela raça de gente que chega a debochar da nossa cara quando, por exemplo, tem uma atitude digna do tamanho da sua imaturidade. Talvez pudesse, ainda, relatar como uma pessoa covarde. Sim, porque alguém que se fecha no seu mundinho egocêntrico e se mostra incapaz de analisar as próprias atitudes, preferindo culpar o outro e ignorar suas falhas, nada mais é do que, puxa, uma pessoa covarde.

[Poderia continuar e estender o relatório mas... não, né? Evitemos a fadiga]

Relatar como um simples spam, portanto, está fora das minhas possibilidades.

E aí eu sigo em frente, jogando o cabelo para o lado e bloqueando.

[É o que tenho para hoje, correio eletrônico]