sexta-feira, 4 de outubro de 2013

[A Buzina]

Quando eu estava prestes a entrar no carro, ele passou e buzinou. Não entendi nada. Quando parei no mesmo sinal em que ele já estava parado, ele buzinou. Olhei. Achei que, sei lá, eu pudesse ter esquecido minha porta aberta. A porta estava fechada e então comecei a entender. Novamente tivemos que parar em outro sinal, lado a lado. Ele buzinou. Entendi perfeitamente. Eu tinha que entrar numa rua, dei seta e ele, que estava na minha frente, foi para o lado e buzinou, fazendo sinal com a mão para que eu passasse. Parei no último sinal e ele ia seguir em frente. Seguiu mas, ao passar por mim, buzinou pela última vez. 

Podemos concluir, após tanto barulho de buzina que a) existe todo um código de flerte baseado no efeito sonoro da buzina dos carros; b) eu aprendo as coisas muito depressa; c) eu aprendo de tudo um pouco muito depressa e isso inclui entender significados de buzinas e d) como tenho que fazer aquele trajeto, àquela hora - e ele, pelo visto, também - quase todos os dias da semana, certamente virarei PhD em decifrar o que cada buzina quer dizer. 

[O que vou fazer com isso na minha vida é um grande mistério ainda não desvendado]

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

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[Não preciso escrever mais nada. É muita bomba, é muito gás, é muita violência, é muita covardia. É isso]