domingo, 28 de julho de 2013

[Descanso]


[Aleijadinho, frio, pão de queijo, descanso e saudade...]



terça-feira, 16 de julho de 2013

[Três]

Três anos.

E eu lembro das palavras ditas, do que não foi dito, do que estava óbvio, do que eu não estava percebendo, dos sons, do silêncio e do que virou inesquecível.

Para não entoar o mantra das lembranças infinitamente, estou me ocupando com Virginia Woolf e Candy Crush Saga. 

[Todo um esforço psicológico em prol das prioridades...]

quarta-feira, 10 de julho de 2013

[Descoberta]

Descobri o meu problema!

*pausa estratégica para a necessária preparação psicológica que antecede qualquer revelação bombástica*




















É o seguinte: segundo uma de minhas melhores amigas, o meu problema fundamental, o crucial, o que me faz ser do jeito que eu sou - seja lá o que isto signifique para ela - é que não tenho bunda.

Veja bem: às vezes eu não tenho dinheiro; nunca tenho controle sobre minhas crises intempestivas; juízo também não trabalhamos; freio na língua - e o do meu carro - eu nem sei do que se trata... de modo que não tenho um monte de coisas que, aparentemente, deveria ter pelo menos um pouquinho que fosse, MAS o meu problema maior é que não tenho bunda para mostrar, de acordo com a observação dela.

[Acabei de destruir toda e qualquer construção imaginária positiva sobre a minha pessoa, eu sei]

No meio de mais uma conversa da infinita série "por que não enxergam o meu valor?", Amiga vociferou sobre esta mania que eu tenho "de ser inteligente, de usar o cérebro e de ser exigente, quando o que conta mesmo é uma bunda de respeito". Terminou seu monólogo - eu fiquei quietinha, tentando tirar alguma lição sadia daqueles pensamentos - afirmando que meu problema é que desejo um milagre, quando o ideal seria usar mais a minha bunda. A frase de efeito apareceu na forma de uma enigmática provocação, quando ela soltou algo como "mas é uma merda mesmo; deus, às vezes, até dá nozes a quem tem dentes, mas tem preguiça de mastigar..."

[Profundo, hein? Eu achei super profundo, não consigo achar nada menos do que isso. Bem. Talvez profundo e totalmente sem sentido. Enfim]

Estou processando estas informações ainda. Com muita calma, a coisa é lenta mesmo. Não é fácil, para mim, fazer um exercício mental de causa e efeito que envolva bunda-mastigar-nozes-dentes-preguiça e não neurônios-conversas-inteligência-olhares-sorrisos.

[Alguma coisa me diz, porém, que venho fazendo tudo muito errado nos últimos tempos...]

segunda-feira, 8 de julho de 2013

[Meu. Deus. Do. Céu.]

"pequena carta para ser aberta em uma tarde do futuro"

"agora você pode ter certeza: não volta. o beijo não dado não tem mais sentido. o abraço guardado não tem mais motivo. o palavrão engolido não quer dizer mais nada. não volta, você cansou de ouvir, mas só agora pode ter certeza. a chuva nunca mais fez o mesmo desenho no vidro. o mar nunca mais a mesma pose para a fotografia. sua música preferida só tocou no momento certo naquele dia. o poema deixado para depois, hoje, não vale mais nada. há rimas que mofam. que perdem o significado. consegue entender? agora, acredita? não era autoajuda barata. previsão de cigana mentirosa. horóscopo de jornal vagabundo. conselho de velho morrendo. carta falsa de tarô. não volta. mesmo. e espero que na cópia desta mesma carta a ser aberta, novamente, daqui a dez anos, seja menor o arrependimento. estão lacrados os próximos envelopes. lambidos. selados. trancados, mas eu já aviso: dentro deles, o mesmo texto. não volta - tatue no braço. grude post-its. escreva com carvão pelas paredes. com as unhas compridas arranhando a terra: histórias de verdade não se rebobinam."

sexta-feira, 5 de julho de 2013

[Bondade]

Consigo lidar muito melhor agora com qualquer espécie de ser humano e suas atitudes inesperadas do que quando acreditava que uma pessoa poderia ser, de fato, boa. Abro mão da falsidade velada que oculta sabe-se lá qual intenção.

Prefiro a bondade nua, crua e direta dos instintos.