Tenho um Primo Pastor que é oito anos mais velho do que eu. Sempre fomos muito ligados e, com o tempo, esta ligação se estendeu à Esposa de Primo Pastor. Com ele aprendi a ouvir Legião Urbana na adolescência, época em que nem sonhava em ser Pastor, mas sim jogador de futebol. Com ela aprendi que ser calma é uma arte que se adquire com o tempo e que as pessoas me fazem um bem maior dizendo a verdade, e não as coisas que eu gostaria de ouvir.
Ambos apareceram às pressas quando souberam do meu acidente. Queriam ver se eu estava inteira mesmo, porque Genitor deve ter pintado tudo com cores muito berrantes, como lhe é bem peculiar. Eles me viraram do avesso e perguntaram certas coisas para ver se todos os meus parafusos estavam em ordem. A maluquice é algo intrínseco à minha árvore genealógica. Primo Pastor quis saber, por exemplo, o nome do cidadão que desprezei numa excursão que fizemos lá pelos idos do século passado, só para ter a certeza de que não havia sofrido repentina amnésia, e me pediu para cantar Giz, como eu fazia antigamente.
Quando disse que me lembrava também que costumo dançar em cima das mesas nos meus momentos de lazer, Primo Pastor falou que tive muita, muita sorte, porque o estrago foi grande, muito grande, e não sofri nada. Acrescentou que olham muito, muito por minha pessoa, em todos os momentos da minha vida, pois só isto justifica o fato de eu ser uma coisa muito do demo e sair ilesa de um enfretamento com um caminhão e um abismo.
[Coisa do demo. Meiguice total, Primo Pastor. A gente só perdoa porque sabe como é, né? Sangue do meu sangue, de primeiríssimo grau...]
Ambos apareceram às pressas quando souberam do meu acidente. Queriam ver se eu estava inteira mesmo, porque Genitor deve ter pintado tudo com cores muito berrantes, como lhe é bem peculiar. Eles me viraram do avesso e perguntaram certas coisas para ver se todos os meus parafusos estavam em ordem. A maluquice é algo intrínseco à minha árvore genealógica. Primo Pastor quis saber, por exemplo, o nome do cidadão que desprezei numa excursão que fizemos lá pelos idos do século passado, só para ter a certeza de que não havia sofrido repentina amnésia, e me pediu para cantar Giz, como eu fazia antigamente.
Quando disse que me lembrava também que costumo dançar em cima das mesas nos meus momentos de lazer, Primo Pastor falou que tive muita, muita sorte, porque o estrago foi grande, muito grande, e não sofri nada. Acrescentou que olham muito, muito por minha pessoa, em todos os momentos da minha vida, pois só isto justifica o fato de eu ser uma coisa muito do demo e sair ilesa de um enfretamento com um caminhão e um abismo.
[Coisa do demo. Meiguice total, Primo Pastor. A gente só perdoa porque sabe como é, né? Sangue do meu sangue, de primeiríssimo grau...]
dançar em cimas das meses
ResponderExcluirumas das coisas mais bonitas que as pessoas podem fazer
curit teu blog garota
vou te linkar pra voltar outras vezes aqui.
e o teu delirio la no meu texto, curti muito ele ha
hahahaha
ResponderExcluirPa, coisa do demo foi ótima....
Cuide-se e não deixe que coisas do demo te atrapalhem!
Beijo enorme
Gostaria de falar-lhe, srta. [P]. Assim que possível.
ResponderExcluirPreciso conferir se os parafusos que me competem estão devidamente frouxos. Caso não o estejam, solta-los-ei.
Best Wishes, R. - Mecânico.
Nossa! Mas que acidente foi esse? Imaginei você caindo de uma mesa bem alta depois de altas doses de tequila com vodca e um limãozinho preso na borda do copo com um daqueles brinquedinhos coloridos ao lado.
ResponderExcluirAcho que dei mais importância ao drinque do que ao acidente. Bem, cada um dá enfoque ao que acha mais importante, não é mesmo?
Ran, eu estou gostando da fertilidade da sua imaginação...
ResponderExcluirAh, obrigado, dona [P]. Sabe como é, né? Um canteiro de flores cheio de esterco é muitíssimo fértil. Sorte das flores, eu acho.
ResponderExcluirInté mais!