quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

[13.]

"Sente a presença constante de uma coisa indefinida que está demorando para acontecer."

Comprei o livro no dia em que nos vimos pela primeira vez. Comecei a ler na manhã seguinte. Já sabia que, desde então e para todo o sempre, este seria o livro que eu associaria a ele.

"Tem meia dúzia de pessoas que a gente encontra nessa vida  
que deixam uma impressão forte que nunca passa."

Antes do seu perfume, antes da sua voz, antes da sua risada, antes do jeito com que arruma o cabelo, seria o livro - afinal de contas, eu tinha certeza que as oscilações que me perturbavam teriam um pano de fundo lindo, escondido entre as páginas que devorava.

"Mas é inútil dizer palavras ao vento."

Anotei as - muitas - passagens que falavam de nós dois numa folha de caderno de menina, como fui chamada nos últimos meses.

"Eu brinco com minhas amigas que a gente tá vivendo a Era do Tá Foda."

Cheguei no último capítulo. O treze. O que começou me fazendo chorar.

"O que importa é o que resulta da atitude. Que resultado a ação da pessoa 
vai ter no sofrimento de todos os envolvidos." 

O único que está sendo adiado ao máximo porque sei que, tão logo termine de ler a última frase, eu terei chegado ao ponto final.

"Vamos tentar simplesmente não falar a respeito. [...]
 Querer saber o que um tá sentindo, o que o outro tá sentindo. 
Sei que devo parecer louca, mas falar sobre as coisas avacalha tudo para mim. 
É só dar nome que morre."

[Ao ponto final de um duplo fim]

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[Suas Pegadas]