quinta-feira, 12 de abril de 2012

[Paz]

Eu ia escrever um monte de clichês na página em branco. Escrevi, apaguei, escrevi, apaguei, escrevi e apaguei várias vezes. O que ficou de tudo o que aconteceu nos últimos dias é esta sensação de paz. Ela está aqui, agora, enquanto escrevo estas linhas que, desta vez, não serão apagadas.

Quando alguém faz uma coisa muito, muito ruim com você, uma coisa que te deixa meio sem chão, por ser algo que até imaginava que um lixo pudesse ser capaz de fazer, mas se recusava a pensar nesta possibilidade, entende? Então. Quando isso acontece, é hora de dar uns passos para trás nas lembranças guardadas na memória. Dei meus passos para trás, voltei àquele ponto em que eu tinha a serenidade nas minhas mãos e os lençóis amassados cobrindo meu corpo. Precisei deixar que um monte de nada em forma de ser humano me ferisse para que, toda aberta e sangrando pelos cantos, conseguisse enxergar minha parcela de responsabilidade, perdoar e pedir perdão a quem, lá atrás, eu estava devendo estas coisas.

A paz, colega.

Um comentário:

  1. Olha, srta. P, a gente divide os momentos né?
    Temos essa compatibilidade de sentimentos factuais numa intensidade assustadora.

    É hora de cicatrizar, então.

    Mas não nego ter lembrado de um poema do Mário Quintana:
    http://pensador.uol.com.br/frase/MTYxNzY/

    Que o terremoto seja bom.

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