quinta-feira, 28 de julho de 2011

[Gente]

Mal chegamos na areia e quiseram saber onde eu gostaria de ficar. Depois de olhar tanto quanto minha visão podia alcançar, apontei longe, muito longe e disse "lá está bom, está vazio, não tem gente, eu não gosto de gente, então é lá que quero ficar."

Antes de me locomover para o tal "lá" que, na verdade, ficava na outra extremidade da praia, porém, senti algo no meu ombro direito. Qual não foi minha surpresa ao me virar e me deparar com uma espécie peculiar de gente que, aparentemente lúcida, se achou no direito de me dirigir a palavra. 

Dentre outras coisas típicas de gente, quis saber o porquê de eu ter dito que não gosto de gente, se é porque me considero melhor do que os simples mortais, se acho que sou mais bonita do que ela, se por acaso sou podre de rica e se, se, se e mais alguns "se". 

Ai, que fadiga.

Gente cansa. Gente irrita. Gente magoa. Gente menospreza a capacidade de discernimento dos seres humanos. Gente omite. Gente fere. Gente se levanta da cadeira de praia para interagir com uma estranha, querendo explicações que nem mesmo a estranha tem porque, né?, se fosse realmente esperta, a estranha aqui não se permitira mais qualquer aproximação com nenhum tipo de gente.

Um comentário:

  1. "Está certo dizer que estrelas
    estão no olhar,
    de alguém que o amor te elegeu
    [P]ra amar
    Marina, Bethânia, Dolores,
    Renata, Leilinha,
    Suzana, Dede.
    Gente viva, brilhando
    estrelas na noite" Cae

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