segunda-feira, 2 de maio de 2011

[Limites]

Abri a porta da sala dando saudações e exigindo saudações pela vitória do meu time de coração. Hoje, além do chaveiro pendurado na bolsa, também ostentei uma camisa e uma canção do meu time de coração. E umas brincadeirinhas inofensivas, claro.

Parece que peguei pesado. Os coleguinhas disseram que não é porque sou menina, uma menina fofa, que não é porque sou uma menina fofa que não gosta de ser contrariada, que não é porque sou uma menina fofa que não gosta de ser contrariada e que arrasta uma legião de fãs hormonalmente perturbados, que podia ir entrando no recinto de maneira tão acintosa tal qual fiz hoje - a regra é clara, foi o que ouvi. O que me preocupa é o fato de não saber se, de agora em diante, ainda serei convocada para dar palpites ou para ir aos estádios, porque parece que passei, toda felizinha, dos limites. Não sei, mas parece que um dia o povo achou que eu tinha limites.

[Certeza que se tivesse algum torcedor do rival eternamente vice a coisa ia ficar linda no ambiente. Certeza]