quinta-feira, 7 de abril de 2011

["E Há Que Se Cuidar Do Broto"]

Era uma tarde nublada e preparavam uma festa supresa para uma colega de trabalho que estava aniversariando na ocasião. A tal festa - que era surpresa apenas para a aniversariante mesmo - acontecia num dos pátios do lugar e, por isso, a rotina transcorria normalmente. De repente, escutamos alguns tiros e uma gritaria sem fim. Logo em seguida, adolescentes corriam desesperados, entrando nas primeiras salas que viam pela frente, pedindo para que fechássemos as portas. Trancamos tudo o mais rápido que conseguimos porque, veja só, um grupo de bandidos armados, após cometer um assalto nas redondezas, achou de bom tom não só pular o muro para tentar fugir da polícia, como também ir disparando a esmo contra estudantes indefesos e funcionários idem. Tivemos que nos jogar no chão no meio do descontrole, vimos meninas desmaiarem e não podíamos sair, não sem antes a polícia cercar o lugar, procurando os criminosos. Felizmente, ninguém se feriu. Infelizmente, eles escaparam. Na época, lembro que Genitor me perguntou por que é que eu ainda ia me levantar na manhã seguinte e voltar a trabalhar e eu respondi porque eles precisam de pessoas a quem possam dar suas mãos.

[Eu trabalhei no subúrbio. Cidade Alta. Achava que era o que de pior poderia acontecer, mas nada, nada se compara a Realengo]

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[Suas Pegadas]