De vez em quando as pessoas fazem considerações a meu respeito que são coisas lindas de se ver. Mesmo que eu não veja, há sempre uma testemunha de confiança cuja única função naquele momento da sua vida é prestar atenção em tudo para me contar depois. Considerações importantíssimas, claro.
Mãe: Ela é educada, né? Ouvi falando uns dois palavrões e mesmo assim achei uma graça.
Filho: É que ela não conhece todo mundo aqui e não quer soltar seu vocabulário duvidoso em público.
Mãe: Ela cruzou e descruzou as pernas e mesmo assim nós não vimos sua calcinha.
Filho: Isso porque ela não subiu em nenhuma mesa perto da piscina.
Mãe: Para mim ela é ótima, por que é que você não faz alguma coisa ao invés de fingir que não gosta dela?
Filho: Ela dá um trabalho, é assumidamente louca, mamãe.Mãe: A loucura dela é só um detalhe, ela me parece muito fértil.
Filho: Nem quero imaginar um mundo povoado de gente com o sangue dela nas veias.
Mãe: Ela é tão responsável que não colocou uma gota de álcool na boca porque sabe que vai dirigir.
Filho: Ainda bem que escondi toda a vodka do papai antes que ela chegasse.Filho: Nem quero imaginar um mundo povoado de gente com o sangue dela nas veias.
Mãe: Ela é tão responsável que não colocou uma gota de álcool na boca porque sabe que vai dirigir.
Mãe: Ela gosta de crianças, né? Olha só como as crianças ficam em volta dela.
Filho: É que os iguais se reconhecem, lógico.
E então? Precisando de uma pessoa que avalie o seu Português, controle o que você bebe, vigie o meio das suas pernas e vasculhe seu útero enquanto sorri toda fofa e dá aquela levantada gostosa no seu ego sem que você sequer desconfie?
[Para mim ficou bem claro quem não ia dirigir na história e deve ter acabado com a vodka da casa]
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