quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

[Da Arte De Ser Menino]

Então existem os meninos, né? O que seria de nós, meninas, se não existissem os meninos para ..., para ... e para ...? Num dos meus trabalhos, os meninos fazem parte de uma intrigante espécie homo que, creio, ainda não foi catalogada em todas as suas nuances. Senão, vejamos:

Temos uma sala só nossa. Entramos na nossa sala e logo no centro avistamos uma enorme mesa, na qual eu despejo, ela despeja, eles despejam, nós despejamos bolsa, pasta, laptop, mapas, filmes, água, lamúrias e avaliações. De vez em quando entrávamos em desespero, mas isso foi há tempos, quando tínhamos que disputar grampeadores que, num passe de mágica, desapareciam. Um dia, alguém - que certamente não foi um menino da intrigante espécie homo com a qual convivo - teve a magnífica ideia de prender um grampeador grande, robusto, viril e atraente numa das pontas da nossa mesa para que, enfim, a disputa enlouquecida pelos grampeadores chegasse ao fim. Assim, ó:


Entrávamos na sala e logo avistávamos o dito cujo, até o ano passado. Férias vieram, férias terminaram e voltamos a trabalhar. Ontem eu estava numa vibe vou me espalhar aqui, me deixa trabalhar em paz quando, de repente, precisei do robusto grampeador que, vejam só, havia desaparecido do seu lugar cativo. Estávamos eu e dois meninos na sala. Perguntei se sabiam onde estava o objeto. Para minha surpresa, eles me mostraram o grampeador, que estava grudado numa outra ponta da mesa, próximo a eles. Assim, ó:


Visualizou, né? Um dos meninos, gentilmente, quis me ajudar a grampear minhas coisas, desistindo logo após eu explicar o passo a passo da minha vibe trabalhadora. Terminei de usar o objeto, voltei para meu lugar e, então, começaram a reclamar. Disseram não entender o porquê de terem trocado o grampeador de lugar, nem tampouco não terem notado que lá onde ele estava era incômodo para todos, já que é o espaço reservado para o uso de laptop. Fiquei tensa com o crescendo das reclamações, afinal, eu só queria trabalhar, não queria participar de nenhuma rebelião em defesa de um lugar digno para grampeadores. Segue o diálogo dos meninos:

- O que podemos fazer? O pior é que agora vamos ter que dar um jeito de arrancar esse troço daqui, aqui não pode ficar, tem que voltar para o canto dele.

- Mas isso vai dar um trabalho, não? O que vamos fazer?

- Que tal vocês simplesmente mudarem a posição da mesa? - foi o que eu disse, depois de vencer a tensão.

Expliquei que o grampeador continuava no mesmo lugar e que alguém muito malvado tivera a péssima ideia de tentar confundi-los, alterando a posição da mesa. Joguei toda a culpa nesse alguém malvado que até agora não sabemos quem é, porque eu não queria ofuscar a todos com o brilho da minha inteligência superior, puxa vida. É, eu sei, sou muito fofa mesmo.

[Meninos... tsc!]

2 comentários:

  1. eu to numa vibe super trabalhadora, workaholic, e tal, saudade em penca do seu blog, puxa vida cara.

    abandonei o meu, porque n tenho tempo, mesmo!

    e vc, nunca perdeu o jeito né?

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  2. Ia dar a sugestão de virar a mesa, mas você foi mais rápida que eu. Meninas...

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[Suas Pegadas]