sexta-feira, 24 de julho de 2009

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Despedaçaram minha auto-estima e fizeram com que os cacos do que um dia eu fui caminhassem lentamente para a lata de lixo mais próxima. Não sei mais quem sou, o que sou, por onde andam meus pés, do que sou capaz e nem mesmo se sou capaz de algo.

Escrever, inclusive, está entre as cinco mais que, hoje, eu menos sei fazer.

13 comentários:

  1. oh, meu bem, estou nesta lata contigo, há tempos, inclusive, mas demo-nos tempo... um dia tudo cura...

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  2. Na verdade eu devia ter pedido seu texto emprestado ne...rs

    Obrigada pela "pegada" no meu blog :)

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  3. btw... melhoras pra ti tb...rsrsrs
    beijo!

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  4. Puxa Priscilla, tava demorando...
    Com esse inverno tenebroso que assola (peraí....como assim inverno... assolar...não... pode sim)
    assolar é arrasar, destruir, e eu, aqui no inverno do sul, com menos alguns graus que nem quero saber quantos são, aquecendo as mágoas com uma taça de vinho...bem...taças, tentando não ouvir aquele vento gemendo lá fora, com 53 anos, ouvindo minha cama com edredons me chamando, e sabendo que amanhã tenho que levantar, mesmo contra minha vontade, pois clientes querem mercadorias...puxa, 53 anos e não posso ficar deitadinho no quentinho, abraçado na boaesposa e pedindo prá alguém fazer café quente por amor de deus, prá me dar coragem...eu fico deprimido no inverno, só vejo noite, frio, e tenho pavor de pés e mão geladas. Junho, Julho, agosto e setembro são meses horríveis prá mim. Mas, sempre tem um mas, meu filho de 18 anos recém completados põe a cabeça na porta e diz...- e aí véio, não vai levantar? o pessoal tá ligando....e aí tiro forças sei lá daonde e levanto, xingando com todos os palavrões possíveis um tal de São Pedro, que dizem ser o responsável pelo tempo. E assim fico esperando e sonhando com o verão, com sorvete, cerveja gelada, mar, sol, mulher de bikini, suor, sexo e mais cerveja, não necessariamente nessa hora. Aí descobri que felicidade são apenas momentos, e trato de aproveitá-los o máximo que posso quando eles aparecem. Quando eles vão embora, me refugio no trabalho, na minha família (amanhã a filhota completa 1 ano de casada e quer comemorar comendo massas e tomando vinho) e nos poucos amigos que consegui pelo caminho. E resisto bravamente em me entregar, deixar que a tristeza ou o desânimo tomem conta de mim, pois logo esse inverno vai embora e sentirei o calor invadir minha alma. Moça que gosta de dançar, escrever e tem o cabelo bom, compre uma lata de leite Moça, faça um furinho, e deixe escorrer pela boca. Compre uma barra de chocolate, 200gs, abra lentamente a embalagem, escute o barulhinho do papel alumínio sendo rasgado, pegue uma porção e deixe derreter na boca. Ajuda bastante. Quanto aos hormônios masculinos que já cresceram e pupulam por aí, paciência...um dia eles aprendem, afinal você é jovem, linda, inteligente e tem cabelo bom, gosta do Caio e de boa música, e escreve mais ou menos...rsrsrs
    Beijos menina

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  5. Pensando, escrever mais ou menos foi a parte mais interessante.

    [Sabia que devia haver alguém no mundo que me daria razão com relação a isto, sabia!]

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  6. Acho que alguém disse uma vez: "Para escrever, basta escrever", quer dizer, não precisa de muita exigência, só precisa deixar as palavras escoarem pelos dedos. Depois você até pode dizer "Nossa, ficou uma bosta!", mas às vezes dá um alívio escrever qualquer coisa.

    Também detonaram comigo recentemente. Dessa vez não parei de escrever, na verdade até estou escrevendo mais. Antes, quando me detonaram duma outra vez, eu parei com tudo. Mas agora escrever é uma das coisas que me fazem ficar de pé.

    Ah, desculpe a ausência. Fiquei fora um tempo.

    Até mais!

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  7. É culpa do frio. Da chuva. Do Inverso.
    Sai dessa lata de lixo e se enfia debaixo d'um edredom.

    Beijos!

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  8. Penélope, existe na língua portuguesa as chamadas figuras de estilo, como a catacrese, metonímia, onomatopéia, entre outras, e uma chamada ironia, que foi a que usei quando afirmei que você escrevia mais ou menos, ou seja, se ia cortar os pulsos, pode parar!!! Meu avô Francisco, que nasceu e morreu no campo, e era semi alfabetizado, ´foi um excelente contador de histórias, que nos fazia levantar cedo, nas férias, prá ouvir suas narrativas. Era um dom. Você é uma excelente contadora de histórias, urbanas, comportamentais, e nos mostra um pouco do que vai na cabeça das mulheres que resolveram encarar a vida de frente, competem com unhas e dentes entre si, e só precisam de alguém que as compreendam, um pouquinho que seja. Quem não precisa de um colinho, por mais forte que seja? E escrever direito é contar histórias direitinho, com graça, humor, sabendo prender o leitor e isso você faz muito bem. Penélope, você não sabe, mas sou jornalista, embora nunca tenha trabalhado como (quando me formei, em 1986, já trabalhava com vendas. Ao me informar quanto ganhava um jornalista iniciante, dei uma gargalhada e continuei com vendas) e com certeza sei quando alguém sabe escrever. Caso contrário, seria um burro em estar lendo seu blog, certo? E em escrever direito não falo em ortografia, concordância e outros detalhes dessa língua que toda hora esses merdas que não tem nada prá fazer vivem mudando. Em 1974, no ginásio, aprendi as então novas regras de acentuação ortográfica. Ainda nem morri e eles já modificaram novamente. Como não gosto de aprender de novo o que já havia aprendido, vou continuar escrendo como quero, até porque não vivo disso. Quero que a Academia Brasileira de Letras morra queimada, principalmente o Sarney e seus marimbondos de fogo corruptos. No mais, não se atreva a fechar esse blog, ou fazer outro e não me avisar.
    Beijos do amigo

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  9. Pensando, tenho duas considerações a fazer.

    A primeira: eu tinha percebido a ironia no teu comentário. Auto-estima em frangalhos + apelação sentimental feminina + um homem lendo um post num blog de uma desconhecida e todas as consequências que isto pode desencadear = elogios rasgados à dona do blog! Vocês são tolinhos quando querem, hein? Tsc, tsc, tsc... E eu não ia cortar os pulsos, ia abrir a terceira lata de leite condensado para fazer brigadeiro pela segunda vez no dia, claro!

    [Não sabia que era jornalista. Este fato, aliado às ponderações sobre minha escrita, quase me fazem crer que colar cacos valeria a pena. Quase]

    A segunda observação: eu sabia que viria uma "Penélope" desta vez! Se minha bola de cristal estivesse funcionando assim há alguns dias, eu teria previsto uma catástrofe em forma de adolescente desmiolada na minha vida...

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  10. Poxa, se a sua auto-estima estivesse no Cesto de Lixo, eu podia juntar os cacos e devolver pra você... Se bem que você deve ter uma reserva, lembro-me de que você gostava tanto da sua que me mandava até usar a minha!

    Enfim, se quiser, eu te arranjo a minha... quase nunca uso :)

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  11. Welker, pois é, sou um péssimo exemplo de como usá-la, atualmente. Eu lembro que naqueles tempos áureos me prometiam até casamento em Las Vegas, você acredita nisso???

    :)

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  12. Para tudo, peloamordedeus, para tudo, existem porções intocáveis, escrever é sagrado, faz parte dessa porção intocável. Os cacos a gente junta, a auto-estima a gente levanta, suas respostas a gente acha, mas sua escrita, está acima de tudo isso! É a cura!
    beijos, querida!

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