segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

[A Franja]

Acho que é a franja. Não há mais nada que explique tal comportamento, então, só pode ser a franja. 

Depois de anos tentando me convencer a cortar o cabelo daquele jeitinho super-hiper-mega-master-power curto, sem sucesso, a moça boazinha - que lava/enxágua/hidrata/lava/corta/mas não tira muito/você sabe/de quatro, homem adooooooooora puxar um cabelo/pega espelho/olha, [P], me deixa tirar só mais um pouco/desiste/pega a tesoura/ameaça me recortar em mil pedacinhos - conseguiu, quase à minha revelia, encaixar uma franja nesta minha cara de pseudoadulta, de modo que, quando vi, a pessoa estava dizendo uma franja? hein? deixa eu picotar uma franja em você? vai gostar, confia em mim, manuseando a tesoura e ignorando meu apelo de olha, não estou muito certa disso, não, toda trabalhada na ânsia de transformar meu rosto de pseudoadulta em algo mais pseudoadulta ainda, claro.

Só pode ter sido a franja que fez com que o Tiozão do trabalho decidisse que, no meio de trocentas mulheres, tinha que ser eu a escolhida para suportar suas mais infames piadinhas. Não sei, mas deve ter a ver com um desejo do seu subconsciente pela minha franja desfiada que - há! - agora justifica todo aquele meu amor por juntar o cabelo num coque bagunçado, prender displicentemente e sair feliz da vida para trabalhar. Deve dar tesão. Bom, prefiro pensar que deve dar tesão do que imaginar que estou lidando com um legítimo retardado de mais de cinquenta tons de tintura capilar anos.

[E pensar que eu só queria ouvir o linda loira que ouvi mesmo. Tiozão, definitivamente, não fazia parte do pacote, Murphy]

Um comentário:

  1. Franja tem esse efeito mesmo! Tirei a minha... tava dando nao! Sem falar que a minha tinha que aquietar todo dia de manha e eu realmente prefiro dormir uns minutinhos a mais! =)

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[Suas Pegadas]