Daí que numa sala com dois aparelhos de ar condicionado eu me abanava com uma pasta, olhava para o teto e perguntava por que, para que, qual o intuito, como assim tanto calor quando, de repente, eis que surge a cereja do bolo:
- Sabe que hoje é dia das bruxas, né? - me pergunta L., do alto dos seus dezenove anos de pura sacanagem.
- Sei.
- E como você vai para casa?
- Estou esperando sua irmã trazer a vassoura dela aqui, para me emprestar.
- Poxa... - L., decepcionado, tadinho.
- O que?
- Eu só ia tentar te enfeitiçar, oferecendo uma carona.
[Destruindo corações desde milnovecentosealgumacoisa. Esta sou eu. Prazer, gente]