quarta-feira, 21 de setembro de 2011

[Teste]

Mal entrei na sala e lá estava um grupo reunido ao redor de uma adolescente que, discretamente, chorava. Perguntei o que estava acontecendo, se estava passando mal, se havia brigado com o namorado, se alguém estava doente na família e, por fim, se alguém havia morrido. Última opção. Saí com a menina da sala e, enquanto caminhávamos, ela foi contando que. 

[Não sei por onde começo]

Contando que o irmão de dezoito anos foi assassinado com dois tiros disparados de uma arma enfiada na sua boca, na frente da madrasta? Que a adolescente ouviu os tiros e, ao correr para a janela, viu esta cena? Que ela me respondeu, quando eu disse que não devia sair de casa naquele estado em que estava, que ficar era pior, pois não conseguia esquecer o ocorrido? Talvez contando que eu, supostamente a pessoa equilibrada e que devia manter o controle na frente da menina, chorei junto com ela?  

[Ou quem sabe escrevendo em caps lock que EU NÃO TENHO ESTRUTURA para lidar com determinadas situações e que, alô, Universo, presta atenção no que deveria ser uma profissão inofensiva como a minha e se liga, né?]

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