Mal chegamos na areia e quiseram saber onde eu gostaria de ficar. Depois de olhar tanto quanto minha visão podia alcançar, apontei longe, muito longe e disse "lá está bom, está vazio, não tem gente, eu não gosto de gente, então é lá que quero ficar."
Antes de me locomover para o tal "lá" que, na verdade, ficava na outra extremidade da praia, porém, senti algo no meu ombro direito. Qual não foi minha surpresa ao me virar e me deparar com uma espécie peculiar de gente que, aparentemente lúcida, se achou no direito de me dirigir a palavra.
Dentre outras coisas típicas de gente, quis saber o porquê de eu ter dito que não gosto de gente, se é porque me considero melhor do que os simples mortais, se acho que sou mais bonita do que ela, se por acaso sou podre de rica e se, se, se e mais alguns "se".
Ai, que fadiga.
Gente cansa. Gente irrita. Gente magoa. Gente menospreza a capacidade de discernimento dos seres humanos. Gente omite. Gente fere. Gente se levanta da cadeira de praia para interagir com uma estranha, querendo explicações que nem mesmo a estranha tem porque, né?, se fosse realmente esperta, a estranha aqui não se permitira mais qualquer aproximação com nenhum tipo de gente.
"Está certo dizer que estrelas
ResponderExcluirestão no olhar,
de alguém que o amor te elegeu
[P]ra amar
Marina, Bethânia, Dolores,
Renata, Leilinha,
Suzana, Dede.
Gente viva, brilhando
estrelas na noite" Cae