[P] diz: não quero falar disso agora, só me faça rir. sabe contar piadas?
miguel diz: claro. conhece aquela da docente esquisita?
[P] diz: não... qual?
miguel diz: a de uma docente que atropelei de bicicleta ano passado, que virou onça, quase me matou e tempos depois me indicou pra uma vaga num dos lugares onde ela trabalha?
[P] diz: hahahaha!!! nossa... esquisita mesmo! cuidado com ela!
miguel diz: tenho cuidado. ela é toda estranha.
[P] diz: pessoas assim são da pior estirpe, sei do que estou falando.
miguel diz: ela é metida.
[P] diz: é? que mais?
miguel diz: debochada. exagerada. perfeccionista. um nojo.
[P] diz: coitado de você que convive com essa criatura, hein? nenhuma qualidade? nenhumazinha?
miguel diz: sim. ela também é um doce.
[P] diz: ah, miguel! um DOCE? jura?
miguel diz: é. apesar de tudo, ela é um doce.
[P] diz: olha, pessoas como essazinha aí venderiam a alma ao diabo por um elogio deste, mais especificamente, por ESTE elogio, sabe? você tem CERTEZA que ela é um doce?
miguel diz: certeza, certeza, não. mas vou lambê-la na quinta-feira e depois te digo.
[P] diz: hahahahahaha!!!
miguel diz: é que toda quinta-feira rolam umas trufas lá no nosso trabalho. ela come como se estivesse tendo um orgasmo. acho que é o momento em que atinge o nirvana da quinta-feira. vou dar uma lambida no... no... no pescoço! isso. vou dar uma lambida no pescoço dela, naquele pedaço onde o pescoço vira ombro, pra saber o quanto ela é doce.
[P] diz: isso é Caiooooooooooooo!!! não creio, você citou o Caio!
miguel: claro, é o Caio. esta docente esquisita anda sempre com alguma coisa do Caio em mãos e, não conta pra ninguém, mas ela é esquisita o bastante pra trocar a frase que prende na porta do seu armário de acordo com sua tpm, mas é sempre Caio. parece que ela gosta dele, não sei.
[P] diz: bom gosto, apesar dos pesares. e aquilo de "nirvana da quinta-feira"? palhaçooooooooooooo!!!
miguel: é que nos outros dias ela deve atingir o nirvana de outras formas, a coitadinha.
[P] diz: tipo?
miguel diz: e eu vou saber? não vou me atrever a perguntar a uma onça o que ela faz pra chegar ao nirvana nos outros dias da semana. vai que ela decide me comer?
[P] diz: hahahaha!!! e você não ia gostar, lógico!
miguel diz: lógico que não. sabia que ela é horrorosa? tem um jeito meiguinho de falar que é um horror. anda de um jeito desengonçado. joga aquela cabelo seboso dela pros lados enquanto se distrai e nem repara que estou olhando pra todo aquele filme de terror.
[P] diz: tô me acabando de rir aqui...
miguel diz: imagino seu espanto. longe de mim querer comer, digo, ser comido.
[P] diz: hahahaha!!!
miguel diz: ela nua deve ser bem, bem, bem.
[P] diz: bem?
miguel diz: broxante.
[P] diz: hahahahaha!!! miguel! quer parar???
miguel diz: certo. parei. vai no meu aniversário, não vai? prometo que não chamarei essa docente desagradável.
[P] diz: ufa! ainda bem! sinto que nós duas não nos daríamos bem mesmo! irei sim, claro, só não sei ainda o que vou te dar.
miguel diz: você.
[P] diz: olha a palhaçada, tá ficando previsível, hein?
miguel diz: é verdade. preciso consertar isso. mas se você vai, beleza. quero te apresentar aos meus pais.
[P] diz: e por que???
miguel diz: eles precisam conhecer a docente broxante que será a mãe dos netos deles.
[P] diz: porra, miguel...
miguel: consertei depressa?
Diante do exposto acima, a pergunta que não quer calar é: o que faço com esta criatura?
a) ( ) Empresto, sem fins lucrativos, àquelas mulheres que precisam de um homem para trocar lâmpadas, matar baratas, abrir potes cujas tampas foram feitas para nunca serem abertas e que não se importem com o fato do mesmo só ter - quase - vinte e seis anos.
b) ( ) Alugo, a uma quantia apenas simbólica, para aqueles lares de repouso cujas mocinhas talvez, quem sabe, de repente, precisem de um cara forte para empurrá-las em suas cadeiras de balanço e apto a assistir e divagar sobre comédias românticas de quinta categoria sem, contudo, nos esquecermos do fato que o dito só tenha - quase - vinte e seis anos.
c) ( ) Rifo, caprichando no valor dos bilhetes de um único número, atuando ilicitamente no submundo da jogatina promíscua e vendendo o sujeito que consegue me fazer rir quando estou prestes a chorar numa transação fraudulenta, àquela que oferecer a maior quantia pelo mesmo, não se importando com o fato dele ter apenas - quase - vinte e seis anos.
d) ( ) Devolvo para o mar, porque do jeito que a vida é uma sacana comigo, provavelmente Iemanjá errou a destinatária da oferenda e - adivinha? - é claro que constatei isso quando me dei conta de que a referida oferenda só tem - quase - vinte e seis anos.
[Aproveito aqui para mandar um abraço para você, pessoa evoluída o suficiente a ponto de ignorar a pouca - ou muita, ou muita MESMO, vai saber - idade daqueles seres que possuem um pênis que é utilizado, diversas vezes, como instrumento de raciocínio. Eu não sou assim, beijo]
Pôxa, Docinho, que preconceito!
ResponderExcluirLogo tu que ensina o a,é,i,ó,u?
Vinte e seis rima com reis,
Comido rima com cupido,
e Yemanjá é de erra[r]?
Noé, eu sabia que não podia ser um Docinho perfeito, tsc!
ResponderExcluir:)
Voto em alugar...
ResponderExcluirAfinal, aí você pode pegar de volta depois.
shuahaushua
beeijo.
=)
kkk, todas as opções são mto boas rsrs... Ei, cheguei por aqui pelas "meninas improváveis", tô seguindo.
ResponderExcluirAbraço.