[Ele me encostou na parede e enfiou sua língua dentro da minha boca, me obrigando a entregar as palavras que nem estavam prontas para serem ditas. Segurou com uma das mãos o meu cabelo e com a outra a minha cintura, enquanto mordia minhas sílabas e engasgava com meus acentos bagunçados debaixo da roupa. Lambeu meus parágrafos com a sede dos inocentes que se afogam enquanto viram minhas páginas amassadas de histórias de amor desbotadas. Foi embora tão atordoado quanto eu, levando consigo minhas frases feitas embrulhadas na calcinha que arrancou com os dentes, acho que para não deixá-las escapar. Ele só não sabe que guardei os rascunhos de nós dois. Ele só não sabe ainda que vai querer voltar]
Ele sabe, ou depois disso tudo já imagina. Quando voltar, mostre a ele as próximas páginas desse todo aí
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Adoro sacanagem literária!
ResponderExcluirOlha, eu nem sei o que comentar, perdi as minhas letras, perdi o jeito, e lendo textos seus, vejo que to perdida mesmo.rs!
ResponderExcluirIsso sim, é um texto bom de ler.
Nossa, há quanto tempo não via isso por aqui!
ResponderExcluirAdoroooooooooooooooo.
bjs
Ainda bem que não sabemos amar em silêncio. Palavras em qualquer forma e som são fundamentais, mesmo arrancadas ou roubadas sem nossa permissão.
ResponderExcluirBeijo moça
ah, esses rascunhos de nós dois... linda vc... bom rever...
ResponderExcluirna melhor que mergulhar literalmente em gramáticas corporais.
ResponderExcluirMas que delícia... Palavras roubadas a serem devolvidas... Que delícia.
ResponderExcluirE vai voltar querendo o livro pronto.
ResponderExcluirPuta que pariu!
ResponderExcluirMaravilhoso.
Beijoca